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Neuroeducação

Pesquisas comprovam que as chamadas "janelas de oportunidade" precisam ser estimuladas, para que as crianças possam se desenvolver de forma plena e saudável.

Para saber mais sobre esse tema, acesse:

Você sabia que ...

Nos primeiros anos de vida, 700 novas conexões neurais são formadas a cada segundo?

As experiências educativas e o uso repetitivo fazem com que essas conexões se tornem mais eficientes, promovendo o diálogo entre as diversas áreas do cérebro

O cérebro humano é mais flexível, nos primeiros anos de vida e, por esse motivo, responde melhor aos estímulos de aprendizagem?

Nesta fase, o cérebro da criança demonstra maior capacidade de se reorganizar e adaptar frente a novos desafios

Experiências educativas afetam o desenvolvimento do cérebro tanto quanto fatores genéticos?

A genética oferece as bases fisiológicas do cérebro, mas são as experiências educativas que moldam as estruturas cerebrais relacionadas à aprendizagem e ao comportamento

A partir de 2 meses de idade, os bebês já revelam interesse por outros bebês?

Crianças ficam felizes na presença de outras crianças e, quando têm a oportunidade, observam curiosas o comportamento e as expressões faciais de seus companheiros.

Linha do tempo

4 meses - 6 meses

4 meses: Para algumas mães, os 4 meses marcam o fim da Licença Maternidade. Chegou a hora de voltar ao trabalho. É claro que o bebê sentirá saudade, mas a escola oferecerá a ele segurança, estímulos e muito carinho.

5 meses: Curioso, o bebê tenta agarra com as duas mãos os objetos que estão a sua volta. É preciso ter cuidado com aquilo que deixamos ao alcance da criança.

6 meses: Nesta fase, o bebê está descobrindo seu próprio corpo. Ele esperneia quando está com as pernas pendentes.

7 meses - 9 meses

7 meses: O bebê é um pequeno explorador, e cada vez mais, conquista independência. Senta-se sozinho e é capaz de transferir objetos de uma mão pra outra.

8 meses: O bebê demonstra seu desejo de locomover-se de forma independente.

9 meses: Alguns bebês costumam engatinhar nesta fase. Aos poucos, o bebê vai se sentindo seguro e preparado para começar a andar.

10 meses - 1 ano

10 meses: O bebê é capaz de levantar-se e sentar-se sozinho, apoiando-se em móveis. É, nesta fase, que normalmente começam a dar preferência a uma das mãos.

11 meses: Os primeiros passos já chegaram ou já estão a caminho. O bebê apresenta coordenação motora suficiente para beber no copo sem ajuda.

1 ano: Esta é a época das imitações. O bebê bate palmas, dá tchau quando estimulado por um adulto ou mesmo de forma espontânea.

1 ano e 6 meses

O bebê ganhou indepedência no processo de locomoção. Pode subir nos móveis, pular, puxar e empurrar objetos.

2 anos e 6 meses

A criança ganha novas habilidades locomotoras. Desce e sobe escadas com apoio do corrimão e salta sem desequilibrar-se.

3 anos e 6 meses

Nesta fase, a criança já está cheia de energia, quer correr, brincar com os amiguinhos... Os eventos sociais serão cada vez mais constantes.

4 anos

A criança apresenta habilidades ilimitadas. Normalmente, é nesta fase que o interesse pelos esportes aparece. Em breve, a alfabetização introduzirá os pequenos ao universo das palavras.

5 anos

Nesta idade, o cérebro da criança já atingiu 90% do tamanho do cérebro adulto. Os dentes permanentes começam a empurrar os de leite.

6 anos

A criança começa formalmente o processo de alfabetização, a ver e a entender as letras bastão. Mais do que nunca, a curiosidade e a vontade de aprender estarão afloradas.

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Um dos maiores prazeres que esta coluna me dá é usar a força e o enorme peso deste jornal para discutir pautas fora da caixa. Um das discussões de ponta hoje no mundo, não nas principais economias, mas no que eu chamo de principais sociedades, como as nórdicas, é o foco em bebês. A maioria das pessoas tem filhos no momento de sua vida profissional em que elas têm menos tempo para ser pai ou mãe. Mas são justamente os primeiros 18, 24 meses dos bebês que os estudiosos do assunto chamam de “momento Harvard”. A gente dá tudo na vida para colocar os filhos na USP, na FGV, no Insper, em Harvard, em Stanford. Mas é do zero aos 18 meses que o chip Harvard é colocado neles. Por isso é fundamental que casais modernos e futuros pais se informem sobre esse rico debate que se trava hoje no mundo avançado. Um debate que deve gerar políticas públicas modernas e práticas familiares modernas também. O cérebro humano se desenvolve muito rapidamente logo depois do nascimento, atingindo quase metade do seu tamanho adulto com apenas poucos meses de vida. É uma máquina de conhecimento que precisa ser cuidada e estimulada desde cedo. O bebê não pode ficar só ao cuidado de terceiros, da TV ou da Galinha Pintadinha. Cantar para o bebê é fundamental. Incentivá-lo em avanços cognitivos é imprescindível. Ser um pai e uma mãe modernos é dedicar atenção ao bebê justamente naquela hora em que se chega em casa completamente exausto. Conheço esses problemas e fui muitas vezes omisso terceirizando esse cuidado. Hoje está mais do que provado que é o casal, a família e eventualmente um profissional modernamente orientado que vão fazer com que o bebê se desenvolva intelectualmente naquele momento Harvard, naquele momento de fundação de prédio. Se você está grávido, futuro papai ou futura mamãe, “google” tudo sobre esse assunto. Consulte o site Raising Children Network, custeado pelo governo australiano. O governo de lá, como o de muitos países desenvolvidos, estimula como pode e com cada vez mais recursos a reprodução de seus cidadãos. A Suécia, o país mais avançado da União Europeia nesse assunto, foca a assistência e os benefícios tanto na mãe quanto no pai, garantindo que ambos possam exercer os mesmos direitos e cumprir as mesmas obrigações nesse período tão importante não só para o bebê mas para toda a família. Os resultados mostram que estão no caminho certo. Veja também uma excelente entrevista da ex-secretária de Estado americana e recém-vovó Hillary Clinton para a TV CNN sobre o assunto. Minha mãe, engenheira formada em 1957 e que me teve em 1958, cantava para me pôr a dormir. Na entrevista, Hillary conta como essa prática de ninar é importante para os bebês. E não é só a vida acadêmica que começa a ser moldada quando se é um bebê. Outro dia o “New York Times” divulgou uma série de novas pesquisas apontando que os hábitos alimentares estabelecidos quando nós ainda somos bebê têm enorme influência no que comeremos durante toda a vida. Nessa era em que cada vez mais somos o que nós comemos, é bom prestar muita atenção no que seu bebê está comendo ou no que você está dando para ele comer, pois ali está nascendo o padrão alimentar do seu filho para o resto da vida dele. E, claro, não crie seus bebês apenas para o futuro. É preciso criá-los para o presente também. Nós não temos que dar aos bebês brinquedos que os deixem entretidos e quietos, mas motivados, articulados e pensativos. E falar com eles quando pensamos que eles não estão escutando. Os bebês compreendem a linguagem muito antes de aprender a falar. Agora que eu me preparo para ser avô num futuro próximo, vou estudar para isso. Para poder ajudar meus filhos modernamente atarefados, dividindo com eles a tarefa de dar ao bebê seu primeiro diploma: um cérebro afiado para tudo mais.