Atenção! Musicalização é coisa séria!

Primeiramente, devemos saber: o que é musicalização? Resumidamente a musicalização nada mais é do que a inserção da criança no meio musical, que acontece por meio de processos. Para tanto, é necessário que haja um bom conhecimento do educador a respeito desses projetos , de modo que possa realizar o planejamento de aula com objetivos apropriados para cada faixa etária.

As aulas de musicalização infantil têm – ou pelo menos deveriam ter – um planejamento e objetivo a serem alcançados; a falta desse planejamento gera uma confusão no meio educacional, que leva a confundirem as aulas de musicalização com recreação. por isso, cuidado.

Deve-se ter em mente que as aulas de música, diferentemente da recreação, não brincadeira, muito pelo contrário! As aulas de musicalização infantil têm um objetivo que deve ser atingido; para isso, demanda do educador estudo, reflexão, conhecimento a respeito de cada faixa etária, entre outros aspectos importantes para um bom desempenho do aluno.

Dentro das instituições de ensino, não estamos em busca de formar músicos; para isso temos as escolas livres de músicas e faculdades. Nosso interesse maior é poder possibilitar esse conhecimento artístico e ampliar a visão do aluno com relação ao universo da música por meio de atividades diversas e instrumentais, que irão colaborar para seu desenvolvimento como um todo.

Durante as aulas de musicalização utilizamos termos próprios da musica a fim de desenvolver um trabalho que permeia esse campo; paralelamente utilizamos outros recursos, como o corpo e outros objetos, que auxiliarão durante a prática musical com o intuito de desenvolvermos: aspectos rítmicos, auditivos, melódicos, harmônicos, interpretação e analise musical, leitura não convencional, a pratica em conjunto, dentre outras tantas coisas necessárias para a prática musical.

É importante ter em mente que um educador sério e que se preze se mantém constantemente atualizado, seja por meio de pesquisas ou cursos; Além disso, não vai se contentar em sentar em roda com os alunos e apenas cantar diversas músicas diversas – e muitas das vezes repetidas – sem uma fundamentação.

Pelo contrario, um bom educador prepara as aulas, observa e faz anotações, para que, ao final do dia, possa refletir e avaliar cada aluno. Durante as atividades, o educador oferece condições de exploração e criação ao aluno. Um educador sério tem uma fundamentação teórica em que se baseia para realizar sua prática pedagógica musical.

Por isso, atenção! Musicalização é coisa séria!

 

Professora de música Gê.

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Um dos maiores prazeres que esta coluna me dá é usar a força e o enorme peso deste jornal para discutir pautas fora da caixa. Um das discussões de ponta hoje no mundo, não nas principais economias, mas no que eu chamo de principais sociedades, como as nórdicas, é o foco em bebês. A maioria das pessoas tem filhos no momento de sua vida profissional em que elas têm menos tempo para ser pai ou mãe. Mas são justamente os primeiros 18, 24 meses dos bebês que os estudiosos do assunto chamam de “momento Harvard”. A gente dá tudo na vida para colocar os filhos na USP, na FGV, no Insper, em Harvard, em Stanford. Mas é do zero aos 18 meses que o chip Harvard é colocado neles. Por isso é fundamental que casais modernos e futuros pais se informem sobre esse rico debate que se trava hoje no mundo avançado. Um debate que deve gerar políticas públicas modernas e práticas familiares modernas também. O cérebro humano se desenvolve muito rapidamente logo depois do nascimento, atingindo quase metade do seu tamanho adulto com apenas poucos meses de vida. É uma máquina de conhecimento que precisa ser cuidada e estimulada desde cedo. O bebê não pode ficar só ao cuidado de terceiros, da TV ou da Galinha Pintadinha. Cantar para o bebê é fundamental. Incentivá-lo em avanços cognitivos é imprescindível. Ser um pai e uma mãe modernos é dedicar atenção ao bebê justamente naquela hora em que se chega em casa completamente exausto. Conheço esses problemas e fui muitas vezes omisso terceirizando esse cuidado. Hoje está mais do que provado que é o casal, a família e eventualmente um profissional modernamente orientado que vão fazer com que o bebê se desenvolva intelectualmente naquele momento Harvard, naquele momento de fundação de prédio. Se você está grávido, futuro papai ou futura mamãe, “google” tudo sobre esse assunto. Consulte o site Raising Children Network, custeado pelo governo australiano. O governo de lá, como o de muitos países desenvolvidos, estimula como pode e com cada vez mais recursos a reprodução de seus cidadãos. A Suécia, o país mais avançado da União Europeia nesse assunto, foca a assistência e os benefícios tanto na mãe quanto no pai, garantindo que ambos possam exercer os mesmos direitos e cumprir as mesmas obrigações nesse período tão importante não só para o bebê mas para toda a família. Os resultados mostram que estão no caminho certo. Veja também uma excelente entrevista da ex-secretária de Estado americana e recém-vovó Hillary Clinton para a TV CNN sobre o assunto. Minha mãe, engenheira formada em 1957 e que me teve em 1958, cantava para me pôr a dormir. Na entrevista, Hillary conta como essa prática de ninar é importante para os bebês. E não é só a vida acadêmica que começa a ser moldada quando se é um bebê. Outro dia o “New York Times” divulgou uma série de novas pesquisas apontando que os hábitos alimentares estabelecidos quando nós ainda somos bebê têm enorme influência no que comeremos durante toda a vida. Nessa era em que cada vez mais somos o que nós comemos, é bom prestar muita atenção no que seu bebê está comendo ou no que você está dando para ele comer, pois ali está nascendo o padrão alimentar do seu filho para o resto da vida dele. E, claro, não crie seus bebês apenas para o futuro. É preciso criá-los para o presente também. Nós não temos que dar aos bebês brinquedos que os deixem entretidos e quietos, mas motivados, articulados e pensativos. E falar com eles quando pensamos que eles não estão escutando. Os bebês compreendem a linguagem muito antes de aprender a falar. Agora que eu me preparo para ser avô num futuro próximo, vou estudar para isso. Para poder ajudar meus filhos modernamente atarefados, dividindo com eles a tarefa de dar ao bebê seu primeiro diploma: um cérebro afiado para tudo mais.