Sim, seu filho vai mentir para você. Aprenda como lidar quando chegar a hora.

É inevitável, uma hora seu filho vai começar a mentir para você. E, acredite ou não, isso começa cedo! “As crianças entram no mundo da mentira por volta dos 2 e 3 anos de idade”, explica a educadora Camila Queres, formada em letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do canal CriaMinha. Mas existe explicação, nessa fase a mentiras vêm para substituir aquilo que elas não conseguem lembrar ou por uma falha de interpretação. Por exemplo, você pergunta sobre como foi o dia e elas inventam uma história para contar algo que não se lembram ou não compreendem direito.

Camila contou pra gente que nesse exemplo a mentira faz parte do faz de conta, “é uma narrativa inventada, fantasiosa, que coloca seu filho em destaque”. A educadora também deu cinco dicas para você enxergar essa fase de uma outra forma:

1. Não se preocupe tanto:

“Calma. A mentira nesse período do desenvolvimento da criança não está associada a uma questão de caráter”, acalma Camila. Segundo a especialista, isso não significa que seu filho será um mentiroso para todo o sempre. Na primeira infância a mentira é algo natural. Deixe para discutir questões morais e éticas mais tarde, caso o hábito continue.

2. Não dê tanta importância:

Quanto mais você coloca a prática em destaque, mais seu filho consegue o que quer: atenção de uma maneira negativa. “Também não comente a situação perto da criança, porque ela percebe”, comenta Camila.

3. Regras e consequências:

Aplique consequências relacionadas diretamente a situação da mentira. Exemplo: “Não foi você que sujou a parede? Mas você vai me ajudar a limpar mesmo assim”; “não foi você que bateu no seu irmão? Mas você vai pedir desculpa mesmo assim”. A ideia é que seu filho entenda que mentira sempre tem consequência.

4. Reforce os comportamentos positivos:

“Elogie sempre que seu filho usar da verdade, for honesto e contar exatamente o que aconteceu”, aconselha Camila.

 

Leia a matéria completa clicando aqui!

Newsletter

Cadastre-se e receba novidades, notícias e informações sobre desenvolvimento infantil

Rua Chilon, 352 - Vila Olímpia
CEP 04552-030 • São Paulo • SP

Um dos maiores prazeres que esta coluna me dá é usar a força e o enorme peso deste jornal para discutir pautas fora da caixa. Um das discussões de ponta hoje no mundo, não nas principais economias, mas no que eu chamo de principais sociedades, como as nórdicas, é o foco em bebês. A maioria das pessoas tem filhos no momento de sua vida profissional em que elas têm menos tempo para ser pai ou mãe. Mas são justamente os primeiros 18, 24 meses dos bebês que os estudiosos do assunto chamam de “momento Harvard”. A gente dá tudo na vida para colocar os filhos na USP, na FGV, no Insper, em Harvard, em Stanford. Mas é do zero aos 18 meses que o chip Harvard é colocado neles. Por isso é fundamental que casais modernos e futuros pais se informem sobre esse rico debate que se trava hoje no mundo avançado. Um debate que deve gerar políticas públicas modernas e práticas familiares modernas também. O cérebro humano se desenvolve muito rapidamente logo depois do nascimento, atingindo quase metade do seu tamanho adulto com apenas poucos meses de vida. É uma máquina de conhecimento que precisa ser cuidada e estimulada desde cedo. O bebê não pode ficar só ao cuidado de terceiros, da TV ou da Galinha Pintadinha. Cantar para o bebê é fundamental. Incentivá-lo em avanços cognitivos é imprescindível. Ser um pai e uma mãe modernos é dedicar atenção ao bebê justamente naquela hora em que se chega em casa completamente exausto. Conheço esses problemas e fui muitas vezes omisso terceirizando esse cuidado. Hoje está mais do que provado que é o casal, a família e eventualmente um profissional modernamente orientado que vão fazer com que o bebê se desenvolva intelectualmente naquele momento Harvard, naquele momento de fundação de prédio. Se você está grávido, futuro papai ou futura mamãe, “google” tudo sobre esse assunto. Consulte o site Raising Children Network, custeado pelo governo australiano. O governo de lá, como o de muitos países desenvolvidos, estimula como pode e com cada vez mais recursos a reprodução de seus cidadãos. A Suécia, o país mais avançado da União Europeia nesse assunto, foca a assistência e os benefícios tanto na mãe quanto no pai, garantindo que ambos possam exercer os mesmos direitos e cumprir as mesmas obrigações nesse período tão importante não só para o bebê mas para toda a família. Os resultados mostram que estão no caminho certo. Veja também uma excelente entrevista da ex-secretária de Estado americana e recém-vovó Hillary Clinton para a TV CNN sobre o assunto. Minha mãe, engenheira formada em 1957 e que me teve em 1958, cantava para me pôr a dormir. Na entrevista, Hillary conta como essa prática de ninar é importante para os bebês. E não é só a vida acadêmica que começa a ser moldada quando se é um bebê. Outro dia o “New York Times” divulgou uma série de novas pesquisas apontando que os hábitos alimentares estabelecidos quando nós ainda somos bebê têm enorme influência no que comeremos durante toda a vida. Nessa era em que cada vez mais somos o que nós comemos, é bom prestar muita atenção no que seu bebê está comendo ou no que você está dando para ele comer, pois ali está nascendo o padrão alimentar do seu filho para o resto da vida dele. E, claro, não crie seus bebês apenas para o futuro. É preciso criá-los para o presente também. Nós não temos que dar aos bebês brinquedos que os deixem entretidos e quietos, mas motivados, articulados e pensativos. E falar com eles quando pensamos que eles não estão escutando. Os bebês compreendem a linguagem muito antes de aprender a falar. Agora que eu me preparo para ser avô num futuro próximo, vou estudar para isso. Para poder ajudar meus filhos modernamente atarefados, dividindo com eles a tarefa de dar ao bebê seu primeiro diploma: um cérebro afiado para tudo mais.